Capital de giro é o dinheiro necessário para oferecer continuidade de funcionamento de uma empresa, a fim de que haja certa quantia para fazer a diferença entre os recursos disponíveis em caixa, como também, a soma das despesas e contas a pagar. 

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Embora seja uma definição bastante simples dizer que é o montante de recursos necessários ao funcionamento de uma empresa, ela nos ajuda a entender a real destinação que se dá a esse capital, em contraposição à outra parte do capital que é destinado à instalação da empresa. 

Dessa forma, podemos entender que numa empresa há:

  • capital fixo: valor destinado aos recursos de sua instalação, e 
  • capital de giro: valor destinado aos recursos necessários ao funcionamento da empresa. 

De forma que, uma vez assim caracterizada, uma empresa usa capital de giro em suas operações diárias. Ele é a diferença entre o ativo circulante de uma empresa e seu passivo circulante ou dívidas. 

O capital de giro será usado como um termômetro, a fim de se estabelecer em que medida  e quão eficientemente uma empresa opera e quão financeiramente estável ela é em curto prazo.

A importância do capital de giro para uma empresa está na garantia que ele proporciona no quesito financeiro, promovendo:

  • recursos para oferecer aos clientes financiamento nas vendas à prazo
  • auxilia na manutenção de estoques
  • segurança no pagamento de fornecedores
  • compras de matéria-prima e de mercadorias de revenda
  • pagamento de impostos, salários de funcionários, dentre outros custos e despesas que uma empresa possa ter.

De acordo com o SEBRAE, para assegurar o capital de giro, é preciso fazer um planejamento, a fim de detalhar quais serão os gastos em curto e em longo prazo, além de ser possível promover entradas de dinheiro. Para isso, é preciso controle é tudo. 

É possível observar quais são os recursos que o SEBRAE oferece, a fim de se obter um capital de giro saudável e em dia: 

Ativos circulantes

Para a contabilidade, ativo circulante corresponde aos bens e aos direitos que possam ser realizados em curto prazo.

Diz ativo circulante o dinheiro em caixa ou outros ativos que possam ser realizados em  curto prazo. 

Vale ressaltar que ativo circulante também é usado, caso haja necessidade  de descobrir o capital de giro de um negócio, em razão do capital de giro ser o resultado do ativo circulante menos a passivo circulante.

Exemplos do que possam ser considerados ativos circulantes:

  • dinheiro em caixa
  • movimento de contas em bancos
  • aplicações financeiras
  • estoques de mercadorias
  • duplicatas a receber
  • vários créditos de realização em curto prazo

Atenção: curto prazo é o que irá se realizar até o término do exercício social seguinte.

Importante: existe a Lei 6.404/76 que determina que o Ativo no Balanço Patrimonial será formado por: Ativo Circulante e Ativo Não-Circulante.

Exemplos de ativos circulantes:

  • ativo circulante operacional: refere-se às etapas operacionais da empresa, e o que a mantém em funcionamento, 
  • ativo circulante líquido: também chamado de circulante financeiro, refere-se aos ganhos que uma empresa possa ter, bem como seus investimentos, como aplicações em ações e fundos bancários
  • ativo circulante cíclico: refere-se às atividades do dia a dia da empresa. 

Passivos circulantes

Também conhecido como exigível a curto prazo, o passivo circulante trata das contas que podem ser realizadas no exercício social da empresa. O prazo da demonstração do balanço patrimonial é de 12 meses.

A equação se faz da seguinte maneira: as obrigações passivo circulante são liquidadas, quando o ativo circulante é ativado.

Nesse sentido, fazem parte do passivo circulante os empréstimos feitos para que os direitos do ativo não-circulantes sejam adquiridos.

Ademais, o passivo circulante referem-se às dívidas de curto prazo de uma empresa, não importando se é ou não uma dívida comum a todo negócio, como por exemplo:

  • obrigações com funcionários, incluindo: os salários, 13º, as férias, assim como outros encargos trabalhistas
  • impostos, como o IPTU, IPVA, IRPJ
  • aluguel
  • pagamento de fornecedores
  • empréstimos que por ventura a empresa possa fazer
  • financiamentos
  • saldos devedores
  • os bancos e as instituições financeiras
  • créditos de sócios e acionistas
  • participações dos funcionários
  • impostos
  • aluguel

Todos os aspectos de uma administração são importantes, contudo, saber administrar o passivo circulante, pode-se dizer que chega a ser a maior estratégia do planejamento financeiro de uma organização.

Vale ressaltar que deve haver uma previsão de pagamentos e, da mesma forma, da quantia necessária para manter as contas em dia por um período de 12 meses. Dessa forma, é preciso observar este aspecto com bastante atenção.

Pode-se dizer que, de maneira geral, é possível pagar os passivos circulantes com os ativos circulantes. 

A única ressalva é que tornou-se comum às empresar lançar mão deste recurso para pagar dívidas antigas, que estão próximas do vencimento, com dívidas de curto prazo. 

Essa técnica é chamada de rolar a dívida, e está baseada na lógica de que o dinheiro de curto prazo é mais barato do que o de longo prazo.

É um recurso arriscado e, se fazê-lo, deve ser com muito cuidado. Há casos relatados por especialistas de que essa estratégia pode funcionar bem, mas não é bom fiar somente nela.

Isso porque existe a possibilidade de, com o tempo, o empresário correr o risco, por exemplo, de se deparar com o aumento de juros e com a resistência dos credores em conceder empréstimos.

Como obter capital de giro para sua empresa?

De acordo com o Portal MEI, o primeiro ponto de atenção é não possuir restrições no SERASA. No caso do MEI  isso vale tanto para o CNPJ, pessoa jurídica, quanto para o CPF, pessoa física.

O ideal é que o MEI saiba quanto exatamente precisa para manter seu negócio funcionado, por quanto tempo, e qual sua capacidade de pagamento do empréstimo eventualmente obtido. Obtenha o empréstimo de acordo com sua necessidade e capacidade de pagamento, mesmo que você tenha acesso a mais.

Para o MEI, as linhas de crédito mais comuns são as feitas na Caixa e no Banco do Povo Paulista. Nesses dois casos o MEI conta com o apoio do SEBRAE para a apresentação de garantias.

As linhas de crédito mais populares são:

  • parceria da Caixa e do FAMPE/SEBRAE,  até R$ 12,5 mil de crédito, com prazo de pagamento de 24 meses, nove meses de carência, a uma taxa de juros de 1,59% ao mês. 
  • Banco do Povo Paulista, até R$ 21 mil, taxa de juros de 0,35% ao mês e prazo de pagamento de 36 meses sendo 3 meses de carência. 
  • conseguindo-se o crédito para capital de giro, o MEI deve ter responsabilidade. Esse dinheiro deve ser usado para fazer seu negócio voltar a girar. A época é difícil e exige a reinvenção do negócio por parte de todos. (https://www.portalmei.org/capital-de-giro-como-calcular/)

Exemplos de estratégias para adquirir capital de giro sem ter necessidade de recorrer ao banco:

  • Dar prioridade às vendas que são pagas no ato ou em cartão de crédito. 
  • Conhecer o público, os “fregueses”. Assim é possível decidir se as vendas serão, em sua totalidade ou aproximadamente, à vista ou a prazo. Isso porque as estratégia devem ser diferente para cada público, uma vez que existem estratégias diferentes de venda para cada tipo de público.
  • Caso a maioria das vendas seja a prazo, pelo cartão de crédito, não deixa de ser positivo, uma vez que o risco é pequeno de inadimplência, se o cliente usa cartão de crédito. Caso seja por meio de boletos, é importante informar quais serão os descontos, por outro lado, e se ocorrer  atrasos, com o pagamento haverá multa.
  • Comunicação: hoje em dia a conversa online tornou-se comum. Isso posto, buscar diálogos com os clientes e mostrar promoções e outras vantagens.
  • Cadastro: cada cliente ter o seu, não somente para manter um relacionamento, se preciso for, o cadastro ajuda no momento de informar atrasos e fazer cobranças.
  • Não deixar mercadoria parada. Neste momento é importante fazer promoções, promoções relâmpagos. Caso o cliente procure determinado produto, esta é a hora de apresentar a mercadoria parada, oferecendo descontos e mostrando as vantagens que a mercadoria oferece.
  • Nunca permitir a falta de produtos, especialmente, os que possuem alta demanda. Além disso, é recomendado que este produto tenha local de destaque e que fique sempre à mostra, para nenhum cliente deixar de levá-lo para casa.
  • Nunca atrasar com os impostos. Caso haja algum aperto, existe a possibilidade de parcelamento de impostos.
  • Pagamento de salários aos funcionários e na data correta é questão sine qua non. Funcionários bem pagos e felizes trabalharão muito mais e serão mais eficientes.
  • Nunca se esquecer da empresa. Ainda que a empresa esteja só a dar lucro, é preciso cuidar bem de todas as estratégias. Por isso, é sempre bom verificar o capital de giro, pagamentos de impostos, de funcionários e cumprimentos de prazos. Outra expediente interessante é também separar o momento certo para  investir na própria empresa, seja com novos maquinários, pintura e troca de móveis, dentre outros recursos.
  • Investimentos, quais são os melhores, se são necessários fazê-los e em quanto tempo.
  • Por outro lado, observar se os custos estão acima do que é conveniente à empresa. Caso sejam grandes, o ideal é cortá-los o máximo possível.

O Estação Notícia espera que com este post seja possível ter lhe ajudado a entender um pouco mais sobre a importância do capital de giro para a empresa. Qualquer dúvida entre em contato. Estamos aqui para lhe ajudar.

Até o próximo post.