… E o cartão de crédito continua a crescer. E o que isso significa?
São inegáveis o avanço e o crescimento de cartões de crédito nos últimos anos.
De acordo com o relatório, Visão Geral do Mercado Global de Transações com Cartão de Crédito, da ResearchAndMarkets, o avanço do produto pode ultrapassar US$ 20 trilhões até 2029, com um aumento de US$ 16,06 trilhões em 2023.
O CAGR é a taxa de crescimento anual composto.
Trocando em miúdos, é a taxa de retorno necessária que faz um investimento crescer de seu saldo inicial para o seu saldo final.
Desse modo, o CAGR é considerado um dos principais indicadores para analisar a viabilidade de um investimento.
De acordo com o Banco Central, o aumento nos números advém da entrada de novos players no mercado nos últimos anos, em especial, o de cartões pós-pago.
Além disso, instituições de pagamento e bancos digitais também aumentaram sua base de usuários em 27,6 milhões de indivíduos no período analisado.
A título de exemplificação, em junho de 2022 a quantidade de cartões de crédito era cerca de 191 milhões. O que representa quase o dobro da população economicamente ativa no Brasil que é aproximadamente de 108 milhões), segundo dados de 2021 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e estatísticas do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB).
Para os economistas, a expansão do mercado de cartões de crédito nos últimos anos é positiva do ponto de vista da inclusão financeira.
Pix foi o meio de pagamento mais usado no Brasil em 2023
A Agência Brasil informa que a população brasileira realizou em 2023 cerca de 42 bilhões de transações por Pix.
Isso representa um crescimento de 75%, em relação ao ano anterior.
Os economistas dizem que o número de transações do Pix superou todas as de cartões de crédito e débito, boleto, Transferência Eletrônica Disponível (TED), Documento de Crédito (DOC), cheques e TEC no Brasil, que, juntas, somaram quase 39,4 bilhões de operações.
A adesão foi total, uma vez que o Pix é o maior meio de pagamentos instantâneos para transações de menor valor.
Como está o rendimento médio real do brasileiro?
O rendimento médio real do brasileiro cresceu 7,5% em relação a 2022, o que atingiu R$ 2.846 em 2023 e se acercando de um novo patamar da série histórica, registrado em 2014.
Neste ano, já no primeiro trimestre de 2024, a média real de salário se aproximou de uma média mensal de R$ 309,7 milhões, 6,6% ou R$ 19,2 milhões.
Ou seja, uma média maior que no mesmo trimestre de 2023 e 0,7% maior que no trimestre anterior, que é R$ 2,1 milhões.
Qual é a principal causa da inflação no Brasil?
Segundo o Banco Central, a inflação é o aumento dos preços de bens e serviços e causa verdadeiro impacto no boldo do brasileiro, pois implica na diminuição do poder de compra da moeda.
São os índices de preços que mede a inflação é medida pelos.
Isto é: o Brasil possui vários índices de preços, entre eles está o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) que é usado no sistema de metas para a inflação.
A inflação tem diversas causas que pode ser ajustadas da seguinte maneira: pressões de demanda, pressões de custos, inércia inflacionária, e expectativas de inflação.
Como se isso não fosse suficiente, quando a inflação está alta, há algumas consequências, como as incertezas na economia, o que enfraquece e desestimula o investimento, prejudicando fortemente a economia.
Além disso, as consequências atingem os preços relativos, que ficam distorcidos, gerando várias ineficiências na economia.
Isso quer dizer que a população perde a noção dos preços relativos e, assim, fica difícil avaliar se algo está barato ou caro.
Outra coisa: a inflação afeta particularmente as camadas menos favorecidas da população, pois essas têm menos acesso a instrumentos financeiros para se defender da inflação.
Como o Brasil resolveu a inflação?
Em 1994, quando o Real foi criado no governo Itamar Franco, a nova moeda conseguiu resolver uma das maiores crises inflacionárias do mundo.
A inflação era tão alta que os preços chegavam a subir três mil por cento ao ano no Brasil.
Assim sendo, o Brasil, que tinha a maior inflação em todo o mundo, só conseguiu interromper essa crise com a implantação do Plano Real que conseguiu reduzir a inflação a níveis aceitáveis.
Para tanto, foi criado um conjunto de medidas que dentre elas estava o nascimento de uma forte moeda, o Real, que pôs fim a um histórico de hiperinflação persistente.
O que é IGPM?
IGP-M é o Índice Geral de Preços – Mercado.
Trata-se de um indicador usado para medir a inflação desde os preços pagos no atacado até o valor pago pelo consumidor final, abrangendo a variação de preços de bens e serviços diversos.
O IGP-M é calculado e divulgado mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (IBRE/FGV).
O índice também é usado como indexador em contratos de aluguel.
O que é Taxa Selic?
No Brasil, a Taxa Selic é a taxa básica de juros da economia.
Ela é o principal instrumento de política monetária usado pelo Banco Central do Brasil para controlar a inflação.
Ou seja, a Taxa Selic representa os juros básicos da economia brasileira.
Isso quer dizer que os movimentos da Selic influenciam todas as taxas de juros praticadas no país, que podem ser as que um banco cobra ao conceder um empréstimo, ou as que um investidor recebe ao realizar uma aplicação.
No mundo da economia, a taxa Selic pode subir ou cair por diversos motivos.
Na verdade, isso quer dizer que a Taxa Selic é influenciada por dois principais fatores: Inflação e nível de atividade econômica.
Vejamos, então: quando a inflação está alta, o Banco Central pode aumentar a Taxa Selic para reduzir o consumo de bens e a demanda por crédito. Quando ela cai é em razão de que há estímulo ao consumo, o que resulta no aumento dos investimentos produtivos.
Resumindo, com preços menores, o consumidor gasta mais e adquire mais crédito, aquecendo a economia de modo geral.
Isso gera também redução nos índices de desemprego.
Quais são as projeções econômicas para 2024 do Boletim Focus?
De acordo com as informações do Banco Central, o Relatório Focus resume as estatísticas calculadas considerando as expectativas de mercado coletadas até a sexta-feira anterior à sua divulgação. Ele é divulgado toda segunda-feira.
O relatório traz a evolução gráfica e o comportamento semanal das projeções para índices de preços, atividade econômica, câmbio, taxa Selic, entre outros indicadores.
Importante dizer que as projeções são do mercado, não do BC.
Para um resultado primário em 2024, se manteve em -0,70% do PIB pela sexta semana, de julho de 2024, seguida.
A estimativa para 2025 também continuou em -0,70% do PIB para julho de 2024.
E para a projeção para 2026 melhorou, passando de -0,53% do PIB para -0,50% do PIB.
E para 2027, passou de 0,31% do PIB para 0,30% do PIB.